Não trate como prioridade quem te trata como simples opção.
Eu ficava ali, esperando que você aparecesse com aquele sorriso que me fazia esquecer todos os meus problemas, mesmo que por alguns instantes, mal sabia que aquele sorriso seria um problema. Se você me ligasse, eu largava o que estava fazendo e saia pra te encontrar, mas quando eu mais precisava de você pra me dar forças, pra torcer pelos meus objetivos comigo, pra me acalmar quando tudo em mim parecesse agitado, você sumia. Eu ficava ali, e dizia pra mim mesma que o teu desaparecimento não era nada se comparado ao turbilhão de sentimentos que você me causava quando aparecia. Eu permanecia ali, esperando o momento que você decidisse aparecer pra que a minha vida fizesse algum sentido. Olha só que irônico, eu pensava que você fazia algum sentido na minha vida. Eu realmente acreditava que a minha vida entrelaçava a tua porque essa dependência que eu tinha por você me cegava, e eu acabava aceitando um lugar de quinta que jamais deveria ser meu, engolindo essa papo infame de quem não quer nada mas também não sai de cima. Você me convenceu que a minha vida girava em torno de você e eu até acreditei que sem você eu pararia. Eu achava que tudo entre a gente era meio que interligado, até me dar conta que tudo isso só fazia sentido pra mim. Até entender que o que tinha entre a gente, na verdade, nunca existiu pra você. Até cair a ficha de que as apostas que eu fiz em você foram todas em vão porque você nunca esteve disposto a realizar nada comigo.
Eu olhava o celular diversas vezes pra ver se você aparecia, achava que só podia ter alguma problema de rede porque as minhas ligações inexplicavelmente iam direto pra caixa postal justamente na hora que eu mais precisava de você. E perdia meu tempo ouvindo suas desculpas vazias e aceitando suas promessas que nunca se cumpriam. Eu queria que você fosse como uma sexta-feira, que a gente espera com tamanha ansiedade pra aproveitar, que a gente pega nos braços e segue sem destino certo, sem se importar qual hora voltar, mas você só conseguiu ser uma segunda, cinzenta pela manhã, que a gente acorda já sem tempo pra se importar e sem saco pra suportar, que a gente acaba tolerando porque não existe outra opção, senão, esperar e rezar pra que acabe logo. E ainda bem que acabou.
Você percebeu que eu estava muito bem sem você, que a tua ausência já não me incomodava mais e resolveu aparecer. Depois que as minhas mensagens deixaram de te importunar e as minhas indiretas sumiram, você apareceu com um: ''E aí sumida?''. A vontade que eu tive era de mandar você ir a merda, mas a minha confiança falou mais alto e o tudo que você conseguiu tirar de mim foi um sorriso leve e solto de indiferença. Você me ligou todo arrependido jogando em cima de mim as mesmas desculpas de sempre, tentando arrumar toda bagunça que você mesmo fez. Mas é que agora não tem jeito, é tarde demais. Eu precisava me decidir, eu tinha que encontrar a liberdade que eu perdi com você.
Cara, eu queria que você soubesse quantos dias eu perdi esperando por uma ligação sua, esperando que você aparecesse e me tirasse do tédio. Você não tem noção de quantas vezes te esperei e de quantas vezes acreditei e falei, pra mim e pros outros, que você iria mudar. Corri atrás, tentei, me esforcei. Fui capaz de cometer a pior das loucuras que alguém pode cometer por outra pessoa, esqueci de mim mesma. Me deixava pra depois em troca de ter você agora. Continuar nisso já não estava bom pra mim, já não me fazia bem. Enquanto eu me entregava pra você, você se poupava. Enquanto eu me jogava em tua vida, você recuava. Enquanto eu insistia em segurar tua mão pra te levar nesses lugares sem destino e acordar com tua voz de sono em meus ouvidos, você se esquivava, se calava, fugia. Você não sabe quantas vezes quis ouvir tua voz, sentir o teu abraço e você sempre indisponível pra mim, sempre ocupado, cheio de coisas pra fazer. Você estava travando a minha vida, impedindo que as melhores coisas acontecessem. Nada acontecia porque eu insistia em achar que você era o melhor que tinha de acontecer, e na verdade, não era. Você nunca foi o melhor que deveria acontecer na minha vida. O melhor veio depois que eu finalmente te expulsei de mim.
Eu olhava o celular diversas vezes pra ver se você aparecia, achava que só podia ter alguma problema de rede porque as minhas ligações inexplicavelmente iam direto pra caixa postal justamente na hora que eu mais precisava de você. E perdia meu tempo ouvindo suas desculpas vazias e aceitando suas promessas que nunca se cumpriam. Eu queria que você fosse como uma sexta-feira, que a gente espera com tamanha ansiedade pra aproveitar, que a gente pega nos braços e segue sem destino certo, sem se importar qual hora voltar, mas você só conseguiu ser uma segunda, cinzenta pela manhã, que a gente acorda já sem tempo pra se importar e sem saco pra suportar, que a gente acaba tolerando porque não existe outra opção, senão, esperar e rezar pra que acabe logo. E ainda bem que acabou.
Você percebeu que eu estava muito bem sem você, que a tua ausência já não me incomodava mais e resolveu aparecer. Depois que as minhas mensagens deixaram de te importunar e as minhas indiretas sumiram, você apareceu com um: ''E aí sumida?''. A vontade que eu tive era de mandar você ir a merda, mas a minha confiança falou mais alto e o tudo que você conseguiu tirar de mim foi um sorriso leve e solto de indiferença. Você me ligou todo arrependido jogando em cima de mim as mesmas desculpas de sempre, tentando arrumar toda bagunça que você mesmo fez. Mas é que agora não tem jeito, é tarde demais. Eu precisava me decidir, eu tinha que encontrar a liberdade que eu perdi com você.
Cara, eu queria que você soubesse quantos dias eu perdi esperando por uma ligação sua, esperando que você aparecesse e me tirasse do tédio. Você não tem noção de quantas vezes te esperei e de quantas vezes acreditei e falei, pra mim e pros outros, que você iria mudar. Corri atrás, tentei, me esforcei. Fui capaz de cometer a pior das loucuras que alguém pode cometer por outra pessoa, esqueci de mim mesma. Me deixava pra depois em troca de ter você agora. Continuar nisso já não estava bom pra mim, já não me fazia bem. Enquanto eu me entregava pra você, você se poupava. Enquanto eu me jogava em tua vida, você recuava. Enquanto eu insistia em segurar tua mão pra te levar nesses lugares sem destino e acordar com tua voz de sono em meus ouvidos, você se esquivava, se calava, fugia. Você não sabe quantas vezes quis ouvir tua voz, sentir o teu abraço e você sempre indisponível pra mim, sempre ocupado, cheio de coisas pra fazer. Você estava travando a minha vida, impedindo que as melhores coisas acontecessem. Nada acontecia porque eu insistia em achar que você era o melhor que tinha de acontecer, e na verdade, não era. Você nunca foi o melhor que deveria acontecer na minha vida. O melhor veio depois que eu finalmente te expulsei de mim.
Cara, eu tentei te avisar. Você dizia que eu encontrava motivos pra te questionar e te tirar do sério. Eu tentei te avisar que eu não estava escolhendo sair da tua vida, e mesmo que isso não tenha sido o que eu realmente queria, foi o melhor que eu poderia fazer por mim. Eu tentei te falar que eu não estava mais suportando a sensação de estar em um barco furado sozinha. Eu esperava ser a pessoa que te confortaria nos dias de cansaço, que iria te acolher nos dias difíceis, mas você colocava a culpa no trabalho, no sono, no trânsito, dizia que estava passando por uma fase complicada na vida, falava tanto só pra me evitar. Agora eu te entendo e até te agradeço, por ser exatamente o que eu não mereço na vida. Porque você, no final de tudo, serviu pra que eu abrisse os olhos e pra, não mais aceitar alguém tão pequeno quanto você foi pra mim.
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