Por que você não deixou que as coisas rolassem naturalmente?
Por que você não deixou que as coisas rolassem naturalmente, cara? Por que ao invés de ficar com esse medo bobo, cê não se permitiu? Eu sei que você tinha dito que não queria nada sério, eu também disse que não estava disposta a romance, que só queria mesmo ficar. Mas cê não precisava renegar a tua vontade, era só deixar rolar.
Deixar rolar mais daqueles beijos em que trocávamos nossas respirações e sorriamos no final. Deixar rolar mais a minha mão no teu rosto, tua barba em meu pescoço. Deixar rolar mais sussurros durante a cama e mordidas na orelha. Erá só deixar rolar minha mão agarrada na na sua, minha pele grudada na tua, você me levando por aí. Era só deixar rolar o tempo e a gente voltando tarde pra casa.
Deixar rolar mais daqueles beijos em que trocávamos nossas respirações e sorriamos no final. Deixar rolar mais a minha mão no teu rosto, tua barba em meu pescoço. Deixar rolar mais sussurros durante a cama e mordidas na orelha. Erá só deixar rolar minha mão agarrada na na sua, minha pele grudada na tua, você me levando por aí. Era só deixar rolar o tempo e a gente voltando tarde pra casa.
Era só deixar rolar o filme enquanto eu dormia no teu ombro. Mas eu te entendo, cara. No fundo eu te entendo. É que às vezes bate um medo danado na gente de se envolver, né? Às vezes bate um desespero de não saber exatamente o que tá acontecendo. A gente prefere fugir ao perceber que estamos nos envolvendo demais. Mesmo que tenha sido bom, mesmo que esteja sendo foda, a gente foge. E foge principalmente quando o coração ainda não se curou do passado.
Cê deveria deixar esse receio de lado, cara. Eu sei que bate um medo quando você percebe que começou a construir expectativas demais, quando a gente começa a perceber que as coisas estão tomando outras proporções, sabe? Quando o beijo, o toque, o olhar, passam a ter alguma coisa a mais.
Era só deixar rolar, mas você preferiu se afastar. E até agora não entendi direito o que rolou. Foi cada um prum lado, acabou.
0 Comentários